Espasmos involuntários refletem
pensamentos conturbados diante de tantos entroncamentos da vida cotidiana, por
vezes áspera, apesar das artimanhas. Os círculos nunca se fecham, mas abrem
caminhos para as novas relevâncias descritas ou sentidas no risco infinito do
tempo, nas ações que dizem as memórias e nos sentimentos que impulsionam triviais
ou marcantes histórias. Os incrédulos que somos batem corações assim mesmo e cá
ou lá (est-ão-mos) à flor de peles que nos soltam, sons que nos assopram e palavras
que nos movem afetos. Os brilhos de ontem sapecam refletidos no que construímos
enquanto iluminam ideias que circulam entre os bons que nos cercam. O dia
bonito é incerto, o outro é indigesto, mas, em todos os dias, semanais,
mensais, anuais e usuais, há movimentos por mais estático que esteja nosso
comprometimento com as ações das pautas sem vontade ou das que desejamos autenticidade.
O que há de mais latente salta à mente quando enxergamos motivos para sermos
mocinhos ou bandidos. Os dois lados podem ser magníficos quando se define
roubar o coração arrependido que decidiu amar. É quando estamos movidos sem ser
removidos de nossas próprias virtudes. Somos breves, irremediáveis, involuntários...
Somos leves, cotidianos, anônimos no tempo, mas deixamos pólens entre os que
nos dividem os ventos, especialmente os bons retóricos afetivos que sopram
desenhos que gostamos ser.
Involuntário cotidiano
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Espasmos involuntários
refletem pensamentos conturbados
diante de tantos entroncamentos da vida
cotidiana
por vezes áspera, apesar das artimanhas.
Os círculos nunca se fecham
abrem caminhos para as novas relevâncias
descritas ou sentidas
no risco infinito do tempo
nas ações que dizem as memórias
nos sentimentos que impulsionam
triviais ou marcantes histórias.
Os incrédulos que somos batem
corações assim mesmo
cá ou lá
(est-ão-mos)
à flor de peles que nos soltam
sons que nos assopram
palavras que nos movem afetos.
Brilhos de ontem sapecam
refletidos no que construímos
iluminam ideias que circulam
entre os bons que nos cercam.
O dia bonito é incerto
o outro é indigesto
mas em todos os dias
semanais, mensais, anuais,
usuais
há movimentos
por mais estático que esteja
nosso comprometimento com as ações
das pautas sem vontade
ou das que desejamos autenticidade.
O que há de mais latente salta à mente
enxergamos motivos para sermos
mocinhos ou bandidos.
Os dois lados podem ser magníficos
quando se define roubar o coração
arrependido
que decidiu amar.
É quando estamos movidos
sem ser removidos de nossas próprias
virtudes.
Somos breves, irremediáveis, involuntários...
Somos leves, cotidianos, anônimos no tempo
mas deixamos pólens entre os que nos
dividem os ventos
especialmente os bons retóricos afetivos
que sopram desenhos que gostamos ser.
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