quarta-feira, 26 de agosto de 2015

O Palco

No palco, enfim sós sem lençóis
Inaugurados pelo pôr do sol
No tecer dos tecidos
Encontros...
À frente das cortinas
Pensamentos extensos voam
Atentos à noite repentina.

O palco foi armado, desarrumado
Desmontado por quem decidiu a hora de parar
Os artistas se resguardaram no jardim
Outros no sofá  
Não deixaram que a música parasse antes do fim da paisagem
A recepção indicou o caminho
Ao lado de quem o criou
Palco piscava notas, letras
Sons de beija-flor
Falávamos como porta-vozes da alma
Em cores vivas na parede
Textos, cadeiras, vinhos
Prosas e outras rosas
No palco de passarinhos.