quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

O menininho e a menininha - Contos que se Conta

...
E o menininho então perguntou para a menininha:
- Que tal termos um caso, amarmos e sermos amados?
Ela perguntou:
- Mas tem que ter contrato?
O menininho:
- Só entre nós.
Os outros, deixemos pra outros quartos
(sem horário marcado).
Os dois sorriram, se abraçaram e, de mãos dadas, seguiram até a rua perpendicular.
...



PARTE 2 em diante – Contos após os primeiros textos de lançamento

*Da série ‘Contos que se conta’
fiopoetico.blogspot.com

#fiopoetico
#contosqueseconta
#fiocultural

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Palavras jogadas ao vento

Um dia, o poeta anarquista sensível irá experimentar o gosto das palavras que não conhece. O vocabulário do afeto é inesgotável. O poeta vai abrir as asas, acolher a brisa de quem tenta/fala e voará de coração leve, surfando ao vento na melhor das liberdades, sem mal-entendidos ou ditos rebuscados. Estará pronto para receber os carinhos além do véu. A clareza, coerência e verdade já são fato nas ações esperadas. O bem e o que podem os abraços são o cotidiano desde os primeiros passos. Precisam ser melhor compreendidos e praticados mutuamente. E que este futuro seja breve e as máscaras distorcidas se desfaçam, pois não existem por dentro. São impressões contaminadas e descontextualizadas no tempo do mundo inacessível, de comunicação avariada. Não passam de palavras que não dizem a essência. As desconhecidas ou as que se resiste enxergar vão revelar outros mundos. As desconstruções textuais de vida e de comportamentos serão expressas em ações dos desejos de sempre. Há outros lados poeticamente autênticos que serão postos à mesa, com fartura que nem se imagina, pois são os mais condizentes com os sentimentos que sobrevivem além do abstrato. Virão novas palavras, de afeto profundo, em poemas para viver a dois (mundos que se juntam sintonizados), sem dor ou rancor, quebrando o que se resiste enxergar. E tudo então será leve, em sincronia com a almejada paz duradoura, como o que de bom escreve o destino.

sábado, 1 de dezembro de 2018

Academo

O tédio impera na alma que nunca estive
O bicho se move como se me tivesse
(erro incomensurável)
Eu corro devagar como se quisesse me livrar da desordem
Chego onde não quero, mesmo indo quando 

e para onde quis
Quero.
Colegas pseudos de todos os tempos
Aterraram meu mapa na cova dos intelectuais pseudômicos
Enterro minhas palavras malditas fingindo
Mentira(s)!
Que consolido como pensamento livre
De tudos e daqueles
Pseudos nas teorias analíticas extra-trópicos de quem não as criou
São de autores que mexeram no computador e declinaram os métodos, abriram laboratórios e esqueceram as ideias.
Rio para eles que me considero ou me consideram enquanto desvendo seus títulos
Coleciono os meus e já sei o que significo
Ou significam os eus do (s) ego (s) desiguais
Méritos para os que viveram e abrangeram/geraram mundos
Pensaram além e já descobriram o caminho da insatisfação eterna
Não querem ser os mais sábios
Já sabem como é ser merda
Produzem mais do que aqueles
Que não sabem nádegas do mundo que chutamos.

Um dia qualquer e sempre



Em um dia qualquer e sempre, balbucio, tentando ser coerente: 

Como há pessoas que conseguem viver sem Arte?... algo que motiva o movimento de levantar (me) da cama e tocar a vida... porque é pensamento, (porque) é beleza, é sentimento, é destreza, é comoção, diz algo qualquer para servir (mos) para viver... e... é recomeço de dias com chances e oportunidades de invalidar crises existenciais. É respiro, é cúmplice-compaixão e (companheira), é exatidão na proeza do incondicional que se vale do desejo de fazer-se-me-nós o bem. Amar aquém, amar além.

Como há pessoas que conseguem viver sem Arte? Questões dentro e à parte que, inclusive, nós mesmos (sociedade) alimentamos. Às vezes, sem querer ou saber o tamanho de nossa influência.

Aquelas pessoas que (so-(ó)-bre) vivem sem arte... (destrocemos qualquer impasse e seremos ação na questão) espero que possam apreciar a beleza do colorido do suco de frutas suculentas – qualquer uma – e exclusivas que temos, apreciar o movimento e o barulho do mar, o barulho da chuva que está chovendo e que nos proporciona bem-estar para colheitas de tempos em tempos; e ainda espero que possam apreciar o confortante quentinho do sol ou o friozinho aconchegante que nos une aos pés do mundo quando estamos – a nossos pés - bem cuidados e entrelaçados à pele que amamos com sorte voltada para o bolo da afeição. 
Arte da vida.

Excessos, Vida, etc.


Os excessos desacertados da vida podem me levar a uma morte desacertada, desastrosa, ou se tornar uma despedida fora de hora. O tempo e o mundo me levarão à morte, já que ambos dominam esta minha escolha. Nem toda sorte depende de minha pessoa. Os azares sentam-se à mesa quando não isolo. Posso viver até morrer ou morrer enquanto pouco vivo e, por isto, decido o quanto logo vou. Porém, tudo pode ser distinto do que o óbvio remete, tudo pode ser melhor do que sinto e, seja espírito e/ou corpo, posso ser verdade no ciclo. Prece hipócrita que peço pressa para o caminho arejado e, é claro, que seja claro para eu não tropeçar inutilmente. Que sobrem solas saudáveis para levantar-me e andar (me) na dança, no vento. O mundo pode me invadir com suas melhores faces. Basta deixar-me. (?). Ser ou Ir – Questão para a posteridade inócua. Memória, cuidado, prazer, ética pessoal... Justiça de vida é corromper o justo para o bem/bom viver. E a vida... pode resistir até quando de verdade se acabe.


terça-feira, 6 de novembro de 2018

Floresta - Contos que se conta


Do tempo em que somos nós atemporais


Do tempo em que somos nós atemporais
Libertam-se bocas e pés
Poeticamente
Viés das horas que passam e se (re) voltam
Ao presente que sou mundo
Indecifrável em meio a um cipoal vulnerável
A Caminho do futuro dos bons hábitos.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Estamos vivendo num clímax inverso, à beira de um abismo – ora de gritos, ora de vozes que se calam. É o abismo contraditório do medo da saída do labirinto e esperança de que o desconhecido hipotético possa surpreender. De qualquer forma, é transição para os que coabitam os espaços alienados e para os que anseiam por revoluções de ideias que desembocam em ações, as que nos tornam, voltam a (nos) ser natureza... flores ansiolíticas em qualquer cânion.

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Utopia da despedida

Despeço-me do amor não consumado, do desejo insólito 
[autenticamente revelado].

Não funcionou e bateu asas
Como quem beija a flor
E nem sente o cheiro.

Platônico foi o exercício de não querer muito
Passou longe do capricho e transformou-se em tensão
Golpe sentimental, perda da razão, impulso do inconformismo.

Ansiedade...

A admiração foi pro abismo e deletou a afeição pelas palavras
As que se quer ouvir, as que se ouve no calor acolchoado
As que não se remetem às ações foram cumpridas
Tornaram-se inúteis e mentiras desejáveis
Mas ainda inflamam, ardem
Invadem com dor e espalham o que não se deve transparecer.

O chão todo colorido
É vermelho de paixão e sangue
É laranja amargo
Quase um Van Gogh em processo de sublimação
Gestos amarelados
Querendo acalmar os ânimos sem girassois
Deixou a desejar
Cabeça girou de um lado ao outro
Acompanhando o sol que se pôs
Sem nada a declarar.

Noite
Piso derramado e borrado
Cama vazia
Pincéis caídos
Coração escancarado
Dilacerado
Sem sentido no momento.

Solvente do carinho e da criatividade.

Do moinho poético à tumba dos arrependimentos
Nem cartão de crédito atenua tamanha desilusão
Por que será? A curiosidade transformou-se em paixão?
O gato transformou-se em tigre dente-de-leão?
Não!
Feriu o ego, a crença sem fé
E os mais belos sentimentos
Os que eram autênticos
Fugiram à impressão.

A cura não está nos chás.

Poesia e vinho prestes a acampar
No quintal descoberto de boas ilusões.

Luzes se apagaram para ouvir o chamado da hipocrisia
Da gula de quem não sacia e pouco valoriza a ternura de quem cativa.

Cativou, criou fantasias possíveis
A volúpia dividiu papéis
Imaginou mundo (s) com paredes e camas que contorcem sonhos
Números pares para que tudo desse certo
(2)
Sem sorte.

Viagem...

Todos os conselhos do cérebro
De início, foram em vão
Era preciso esperar a decisão de ir até onde se alcança o sofrimento
E tinha que ser de modo inédito
Sem previsão...
Mas como se esperava o desfecho.

O olhar atento, a mente aberta e receosa
Trouxe respostas
Que a intuição já havia suspirado
Mas não gostaria nunca de sentir
De saber o que desconfiou
Quando antes havia luz
E não enxergava quando tudo começava.

Queria a chance do engano e que fosse como gostasse
Sem pressões, nem maldade
Queria concretizar um bom plano
Livre de regras, mas com verdades.

O enfim então veio
Afogou desejos
E sintonias tornaram-se bolhas
Fingidas
Estouradas.

Era de se esperar mesmo
De um bom dia clichê
De quem não sai da tela que não é TV
Suplica por visões
Se excita
E expele contradições
Mundo que alucina pra quem acredita
Em boca linda.

Passa a noite, passa o dia, e se esvai o calor do fogo inaugural
Transforma-se em algo banal.


Quanto desinteresse!


Assanhamento frívolo

Lascívia de meros delírios
Efêmeras fantasias dissecadas
Que animaram e mataram a alma
De quem pouco teve calma, especialmente à noite.

Um avião, um hotel, uma ideia não cumprida
Parece até que já estava no manuscrito
Que nunca chegaria o bom dia
Esperado com café da manhã
Toalhas singelas e macias
Lençóis entre pernas
E flanelas espalhadas
Que não poderiam contar nada
Muito menos o que soubessem.

Setembro, 2018.

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Cachorro Louco


E deixo meu cachorro louco, meu gato borralheiro, ser libertado de meus sonhos. Libero este rico coitado, criativo por vários lados, que tanto coloriu meus pensamentos dormidos e acordados quando anoitecia em lamúrias íntimas. Ele não me atende mais, não acompanha minhas malícias, nem meus melhores desejos. Há algum tempo, atendeu a várias fantasias mentirosas, metidas e irrisórias. Decresceu o que se podia esperar do mundo com seus carinhos nocivos e espontaneidade homérica. O real escorregou-se para além dos lábios e tornou-se lembrança; o mundo estava aberto a outros ares de sol. No entanto, o orgulho sempre foi ferido e, quando menos esperei, primeiro, me libertei... do que tanto temia, do que um dia desejei ser estação indefinida. O mundo tornou-se o meu real. Não esperava me conhecer por esses meios. Despi sonhos à luz de velas, bebi vinhos sozinha, liguei incensos inspiradores e escrevi poemas em 5 minutos. Talvez nunca tenham sido tão ridículas as letras unidas e eu ridícula junto. Uma puta vergonha me assolou o juízo; foram várias decadências quando desci o nível e ... quando chorei em pensamento, lamentei não ser estória única. (A falsidade permeia mundos não táteis). Nem nas fantasias se escolhe o protagonismo. Fui eu mesma por vezes e cumpri o papel de autoanálise. Mas, o que fiz comigo foi maldade, deixando des-imaculadas portas e telas para o cachorro louco entrar conforme quisesse um brilho de meu consentimento, como se quisesse de verdade me olhar. Ele queria meu tempo quando o dele fosse (poucas vezes) esperto... e não o que eu sei dar (bem) quando quero. Agora, escancaro as janelas para que o cheiro se perca, o sonho adormeça e eu possa ter paz deitada sob o ventilador.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Selfies, espelhos e nós mesmos

Precisamos de selfies e espelhos
Para nos acostumarmos com nós mesmos?
Não é a respeito do que seremos
É sobre o que somos e podemos.
O que indicar às novas gerações?
Seres que pensam, que tiram conclusões
Podemos até ser nós mesmos
E não querer que estejamos à vontade dos céus
Esperar que a chuva caia como prêmio
Lavando o que pode ofender
Graças aos apelos que não nos resolvem
Às rezas que não solucionam ideias
Que nem sempre melhoram os homens.
A humanidade etérea
É eterna
Com seus nós e frestas
Deixa tantas brechas
Pra que possamos mudar
Ações são regras para quem quer enxergar
Somos mulheres, atletas, intelectuais
Sem gêneros, sem pátria certa
Partido ou time que faz brigar
Sem religião ou sem tradição que sufoca
Precisamos nos ver de dentro
Somos homens de um novo tempo
Um outro milênio
Crianças que inventam outras formas de brincar
Adultos e adultas, sem custos ou repletos de contas pra pagar
A imagem do desejo de sonhos que guardam caminhos certos
Que mudam conforme o caminho
O certo inclui o processo e onde se quer chegar
Ruas retas, curvas, ruas de rios ou de mar
Ao clima dos passos, ao bolso agregado
Pés inchados quando o calçado não se adequa.
Hoje, no que pretendemos
Precisamos realmente nos espelhar?
Somos luta, preces em busca
Do que torna válida a real existência
Não há tempo para crises existenciais e nem testes infinitos
O caminho é para os filhos
Que tivemos ou não
Problema para as nações
Herança de gerações.
Pedras gritam nos trilhos impedindo sugestões
São golpes, crenças de que pouco podemos
Dependemos do que não querem
Mas é o que queremos
Ser fortes, poéticos, cientistas da sorte
Estéticos nos pensamentos
Heróis serenos
Indo além do que dói.
Ações se desfazem em selfies de quem controla seu tempo...
O Reflexo mais próximo está longe do que ainda veremos
E vamos um dia nos acostumar com nós mesmos
O espelho é a tela, o discurso está nela
E (nos) mandamos para voar.

Crítica Arde

Quando as pessoas não têm criatividade
A crítica arde
E quando têm
Arde também.

Ausência

Está cedo para falar das dores
Que não são de amores que não pude completar.
A vida traz e leva
Agentes de nosso sol
Sem avisos e prévias
Difícil de tolerar
O fim dos suspiros
Hora de seguir os melhores princípios
Indícios de outra forma de pensar
Sem sedativos
Euforia para alguns sonhos
Esperança de bem-estar.
Lembranças se descobrem com o vento
Escritos no pensamento
Fala sinuosa para interpretar
Outras maneiras de expressão
De passar o tempo
Dos textos que chegam
Mesmo que ainda seja cedo
Para falar das dores
Que estão em pontos cegos
Esperando novos métodos
E vontade de publicar.
Tarefas excessivas às que excedem
Num tempo que falta calibre da alma
E um olhar que dê a volta
Até que a tela se acenda
As palavras decidam conversar
Quem desvenda?
O que se passa fora de cena?
Não é qualquer ausência
Teclas precisam descansar.
Enquanto ideias se inflamam e gritam
Tentando entender o sentido dos planos
Até a calmaria da dor da perda
Ou seria da vida que alterou a presença?
É yoga, é ayurveda...
Redesenhando as lembranças do (s) que amamos
Enquanto renova o que continuamos.