domingo, 21 de abril de 2013



Ser poeta

Algo que nasce e aperta

Aptidão é a vontade
Que pelas mãos o dom se acerta
Com o tempo
Acolhe mais os frutos da inspiração.
Esconder-se da poesia
É algo que colocam na cabeça vazia
É contra sua sensibilidade e verdade
No fazer-se contraste.
Escreva sempre que quiser
Mesmo que ninguém veja
Seja homem
Seja mulher.
Sempre perguntam por que escrever
Nem sempre é para elogios aos escritos
Muito menos um dever
Apesar de versos cheios de sentido
Nem sempre sabemos o porquê.
Simplesmente escrevemos
Muitos já o dizem
Creio na resposta para nós mesmos
Vezes outras também para você (s)
Um brincar de palavras para nos reconhecer
Ou não.
O poema pode ser ilusão
Nem sempre é quem somos
Pode ser imaginação, divagação
Impressões, inquietantes percepções
Ou qualquer algo sem nome.
Enganos escapam sempre
Pois é do jeito que queremos
Poucas coisas são assim...
Prazeres serenos
Em mentiras, verdades e ambiguidades
A revelação nunca é plena.
É porque o poema é de todos
É também seu significado
Seus sentimentos e experiências...
Até quando nós mesmos relemos
Nos foge o que antes havíamos pensado.
É engraçado escrever como psicografia
Depois atribuir sentidos não imaginados
Sem regras ou padrões que enquadram-se por receios
São sempre nossas as palavras
Cheias de valores e táticas
Com objetivos ou livres de intenção.
É hora de brincadeiras
Para outros – hora de chamar a atenção
Ou dizer o que a realidade anseia
Despertar fantasias nada alheias
Enquanto aflora aptidão
Nos que se deixam à vontade.

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