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Do corpo...
Resta compor outro
Letra e melodia que se comunicam.
Desde o início, sem meio, sem fim
Vive poema sem título
Busca o que gostaria que fosse
Para suportar viver dentro de si
Mente para si mesmo no mundo fingido
Sem saber como agir ao encontro do medo
Não encontra o corpo que o sustenta
Nem seu lado que pensa
Textura e estrutura não coincidem
Lado biônico da mente em curto.
Referências externas evidenciam dores da
carne
Que... de metástase em metástase
Fortalece o inatingível da alma
Que já não sabe em qual destino existir.
O que era bom se foi além das ondas eletromagnéticas
Propagandas falsas propagadas
Buraco negro ainda não aceito
E o de minhoca... só travas.
Sem despedida ou carta harmônica
A crise está de volta
Domínio do pessimismo realista
Prevalece razão sem rimas
Contamina pensamentos
Desfaz posicionamentos
Tira a cor da aura.
Versos em ruínas antes do topo
Tempo vestido imune à adrenalina
Decassílabos se desmoronam em purpurinas
Num enjabement de ideias.
Incessante mutação contradiz história e
razão
Não percebe amigos e estimas
Concorda com parentes errôneos
Inconsciente coletivo que corrói a carne
Leva amores à lata de lixo
Paixão em letras soltas e esparsas
Destituição do alívio que emitiam.
E o que resta é compor um novo ser
Estrofes encadeadas desta vez
Sons que bailam em toques e ouvidos
Antes do fim-fingido.
O ritmo agora é recomeço
Corpo, Alma... Paraíso
De outro tempo.
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