terça-feira, 30 de julho de 2019

Uma boa noite de frio aquecido




O que a razão pede é um amor tranquilo, um bom vinho que dê arrepios, mas que não tropece as ideias. Um cobertor que modifica o frio e o torna berço de sonhos para ficar consigo mesmo sem vontade de se levantar por bons motivos, pois o mundo uterino – o ninho de proteção e aconchegos umbilicais – passa a ser leito nos lençóis mais meigos ao invés da sala de estar vazia e com receios. Sem esmos... Olhar para o próprio umbigo e se perceber como único regalo num mundo cheio de frios e de pessoas em vão.
Mas, uma hora dessas, é preciso voltar ao trabalho e se caracterizar como gente, assim como a sociedade nos remete... E é luxo programar o horário, às vezes, flexível quando há arte e pouco salário... Enquanto isso, neste caso agregado ao que toca, o ofício será muito melhor pensado, refletido e executado após o edredom amigável e o mimo de estar consigo diante do próprio amor.

sábado, 20 de julho de 2019

Desconstruções


Desconstruções não momentâneas
São grandes problemas da sociedade contemporânea.
A política leiteira
Alimenta artimanhas
De seres inúteis que desnutrem
E a queda derradeira
Será do público
Que não almeja
Beber do leite magistrado

Desde o passado
O direito é qualhado
E o queijo podre
É o resultado

Hum...
E como cheira mal.

Prazeres degustáveis


O amor de uns é doce
como chupar cana

Para outros
é como lamber o azedo do limão
mas muitos
ou não
se entendem na cama
caso contrário
não degustam tesão

o mundo se torna azedo
e o álcool
da cana
o padrão.