Hoje... sou infeliz
Do soluço às lágrimas que deságuam em face
a tantas desconstruções
Rugem bochechas involuntariamente
Nariz inquieto acompanhando os úmidos olhos
Na mente: Fim dos portfólios!
Hoje... o futuro é ainda mais incerto
Os sorrisos estão contidos
E o mundo está mais longe
As descobertas não servem como remédio contra
injustiças
Pelo contrário, nos revelam o que é a vida
E o nada
E o nada
Mesmo para os bons homens.
Hoje... justiça se tem em casa
Nas lições que tentamos multiplicar
Nossos filhos terão caminhada longa
A estrada – não podemos consertar.
Hoje... a mesa permanece sem toalha
As velas aromatizadas foram apagadas
Está guardado o aparelho de jantar
Não há o que comemorar diante de tantos
olhos fechados.
Hoje... somos incertezas, soluços e
lágrimas
Os dias são de vaguear pelas sombras das
cidades sem lar
A esperança não tem cor nem ponto de chegada
Partiu.
Mas talvez ainda nos resta repensar como
podem novas construções
Enquanto o acalento vem do amor de quem
não nos deixa sós.
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