quarta-feira, 8 de junho de 2016

Impressões Borboecléticas

Trecho inicial do conto psicodélico "Ele, Madalena e Eu", do livro Impressões Borboecléticas (Ed. Fio Cultural) - em fase de produção: 

Quando ele abriu a porta, não se surpreendeu tanto com o que viu, mas se assustou. Madalena deixou o vaso mais precioso embebido de um líquido nada harmônico, envolto em uma não solução de ervas nem sempre daninhas. Será que era de Madalena? Não ouso acreditar até agora... Está certo que ela era imprevisível e nada autêntica, porém, mais isso? Não seria demais?
         Pela sua história de vida (que conheço bem), insisto em defendê-la - a bela Madá - de tais acusações indecorosas. No entanto, fui eu a pessoa que disse que não colocaria a mão no fogo por ninguém. Será que nem por Madalena? Afinal, qual era a minha relação de verdade com ela? Fui seu admirador, condutor e protetor. Não ganhei nada em troca; somente boa noite quando já era madrugada. 

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