I
O que resta do indivíduo
quando olha para trás e vê erros cumpridos
muitos não são erros provocativos
são falas de contextos mal resolvidos
ou, brevemente,
desespero do coração que não se cala
quando lhe ferem a alma.
Mera tentativa de resolver a vida
em um dia (quem saberia)
com boas intenções
para abrandar más sensações irremediáveis.
Nem sempre funciona.
O equilíbrio intencional
cede lugar à pausa das mágoas
adoça palavras e espera...
Gritos chegam do nada
e a quietude novamente se esfarrapa
o embate se instala
sem olhares para o lugar de fala.
A oscilação é frequente...
Ventos fortes se abrisam
acalma, pede trégua
pede abrigo
e nada útil acontece.
Desistência sem ritmo pode ser rumo
talvez não o único.
Até o ano acaba
o Natal envelhece
e o pedido continua o mesmo
ser vivo e coeso
em quatro mãos que se cortejam
se dão e se respeitam
seguram o mesmo barco
e saem à brasileira
avante caminhos ainda não exatos
Despedem-se dos desejos ingratos.
II
O que resta do indivíduo
que ama e quer ser bom amigo.
O ano velho já se derrama
legados deste não se deseja
a meta é abrigar-se na natureza
e rever o funcionamento de todas as coisas.
Meditação é possibilidade
das belas cidades
matar as saudades
e conhecer outros mundos
os de perto, os de longe
os de dentro de si
abrir a fechadura da criatividade
trancar a preguiça de estar vivo
fazer o que for preciso
para a saúde dançar com a arte
entre poemas mentais e físicos
acolher melhor os bons amigos
que estendem as mãos sem recolher dedos
beijar quem tem o melhor abraço
abraçar crianças inteligentes e educadas
contar para elas que a vida nos leva
e que às vezes podemos mudar tudo ou nada
mas sempre deixamos nossos passos na caminhada.
Abrir caminhos para os bons ventos
e que levem folhas mortas e frutas que caem
que galhos se refaçam
e flores nasçam mais amáveis nos corações das pessoas.
Exercitar o constante amadurecer
ser melhor do que antes
fazer bons planos e colocá-los adiante
reclamar pouco
manter o bom gosto
agradecer aos semelhantes e ignorar os escrotos
fazer da gratidão urgente
pelo que ainda se tem.
Valorizar os verdadeiros e bons amantes
paciência, empatia, compaixão, alegria...
Fundir o que se precisa na vida
do indivíduo o que resta é ser digno
pra receber os melhores carinhos.
O que resta do indivíduo
quando olha para trás e vê erros cumpridos
muitos não são erros provocativos
são falas de contextos mal resolvidos
ou, brevemente,
desespero do coração que não se cala
quando lhe ferem a alma.
Mera tentativa de resolver a vida
em um dia (quem saberia)
com boas intenções
para abrandar más sensações irremediáveis.
Nem sempre funciona.
O equilíbrio intencional
cede lugar à pausa das mágoas
adoça palavras e espera...
Gritos chegam do nada
e a quietude novamente se esfarrapa
o embate se instala
sem olhares para o lugar de fala.
A oscilação é frequente...
Ventos fortes se abrisam
acalma, pede trégua
pede abrigo
e nada útil acontece.
Desistência sem ritmo pode ser rumo
talvez não o único.
Até o ano acaba
o Natal envelhece
e o pedido continua o mesmo
ser vivo e coeso
em quatro mãos que se cortejam
se dão e se respeitam
seguram o mesmo barco
e saem à brasileira
avante caminhos ainda não exatos
Despedem-se dos desejos ingratos.
Superinteressante. Abril.com
II
O que resta do indivíduo
que ama e quer ser bom amigo.
O ano velho já se derrama
legados deste não se deseja
a meta é abrigar-se na natureza
e rever o funcionamento de todas as coisas.
Meditação é possibilidade
das belas cidades
matar as saudades
e conhecer outros mundos
os de perto, os de longe
os de dentro de si
abrir a fechadura da criatividade
trancar a preguiça de estar vivo
fazer o que for preciso
para a saúde dançar com a arte
entre poemas mentais e físicos
acolher melhor os bons amigos
que estendem as mãos sem recolher dedos
beijar quem tem o melhor abraço
abraçar crianças inteligentes e educadas
contar para elas que a vida nos leva
e que às vezes podemos mudar tudo ou nada
mas sempre deixamos nossos passos na caminhada.
Abrir caminhos para os bons ventos
e que levem folhas mortas e frutas que caem
que galhos se refaçam
e flores nasçam mais amáveis nos corações das pessoas.
Exercitar o constante amadurecer
ser melhor do que antes
fazer bons planos e colocá-los adiante
reclamar pouco
manter o bom gosto
agradecer aos semelhantes e ignorar os escrotos
fazer da gratidão urgente
pelo que ainda se tem.
Valorizar os verdadeiros e bons amantes
paciência, empatia, compaixão, alegria...
Fundir o que se precisa na vida
do indivíduo o que resta é ser digno
pra receber os melhores carinhos.